sexta-feira, 1 de julho de 2011

RESUMO HISTÓRICO DO MOVIMENTO NACIONALISTA NOS ÚLTIMOS 50 ANOS

PARTE 1: 1961/1963

Em 1961, a renúncia de Janio e seus desdobramentos provocaram profundas modificações políticas e sociais no Brasil como um todo, mas no Estado da Guanabara, ocorreu algo com significado muito especial e diferenciado do restante do país. Um punhado de estudantes deu seus primeiros passos no sentido da compreensão e compromissamento político e o fizeram sem nenhuma tutela dos velhos próceres. Em conseqüência desta autonomia, desembocaram naturalmente em uma adoção de postura Nacionalista. Hoje chamamos a estes três primeiros anos de “Jardim de Infância do Processo Ideológico Nacional”.
As teses e postulados não eram elaborados por escrito. Efervesciam e ao invés de passarem de mão em mão, o faziam de boca a boca. Não estarem escritas, não implicou em momento algum em perda de qualidade e originalidade, em nenhuma delas.
A falta de burocracia administrativa e teórica, não impediu que houvesse um formidável acrisolamento e uma espetacular e superior precipitação neste crisol, de um produto ideológico e doutrinário, de altíssima qualidade, que constituiu o pilar de um projeto,  consolidado em uma proposta operacional de:  “uma guerra em duas frentes”.
Estudantes da Seção Sul do Pedro II, assim como dos colégios Militar, Anglo-Americano, Andrews e Santo Inácio, filhos da classe média carioca, sem nenhuma orientação externa e conseqüentes intervenções manipuladoras, intuitivamente passaram a defender um posicionamento Nacionalista em confronto aberto com o entreguismo (como eram chamados os afeiçoados ao americanismo) tanto quanto os comunistas, que quer seguindo a linha de Moscou ou a de Pequim, pretendiam impor e implantar a “Ditadura do Proletariado”.
A inexistência de controle exterior produziu sintomas de fracionamento e contradições. Buscando inspirações no comportamento político do meio circundante, alguns tendiam a simpatizar com o Lacerdismo, enquanto outros se inclinavam mais para o Brizolismo, mas todos tinham em comum o compromisso de que a independência nacional era o bem máximo a ser preservado e que o compromisso número um de quem se propusesse a ser Nacionalista era o de não admitir a hipótese da intromissão estrangeira por mínima que fosse nas questões política brasileiras.

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